Segundo dados da IQVIA™, divulgados pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), o ano de 2016 fechou na casa de 69 bilhões de reais. Em meio às incertezas econômicas enfrentadas por outros setores, o mercado de varejo farmacêutico vem remando na contramão.
Em 2017, somente no primeiro semestre, foram comercializados 1,8 bilhão de medicamentos. A população brasileira está envelhecendo e houve um significativo aumento da expectativa de vida, esses fatores resultaram no aumento da venda dos genéricos, sendo um dos principais combustíveis para esses números, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (ProGenéricos), com base em dados do IMS Health.
Conforme pesquisas de mercado, o IQVIA™ estima que o Mercado Farmacêutico brasileiro deverá alavancar em uma década, de 10º para o 5º lugar em faturamento mundial, ficando atrás apenas de grandes potências como Estados Unidos, China, Japão e Alemanha.
O Brasil continua sendo um dos campeões em arrecadação de impostos sobre medicamentos, incluindo aqueles que são essenciais para tratamentos de doenças. Nick Bosanquet, professor de políticas de saúde do Imperial College, em Londres, analisou a carga tributária incidente nos medicamentos de 38 países. Essa pesquisa revelou que a média de impostos no Brasil é três vezes maior do que a média dos outros países analisados.
O que se observa é que o varejo independente está encolhendo e não reagindo à altura. Reforçando a ideia de que o caminho para essas lojas seja o do associativismo.
Ranking mundial:
- 8ª Posição
- 5ª Posição (previsto para 2021)
Faturamento:
- R$ 85,35 bilhões
- 13,10% (crescimento)
Divisão de mercado:
- 59% Varejo
- 41% Institucional
Varejo farmacêutico:
- R$ 50 bilhões
- 146 bilhões de doses
- 11% (crescimento)
Mercado institucional:
- 52% Governo
- 25% Hospitais
- 11% Clínicas
- 12% Outros
Divisão do varejo:
- 61% Similar
- 21% Referência
- 18% Genérico
Balança comercial:
- R$ 1,01 bilhão (exportação)
- R$ 5,93 bilhões (importação)
- R$ 4,91 bilhões (déficit comercial)
Incorporação ao SUS (2014 a 2016):
- 29% de negativas para pedidos da indústria
- 83% dos pedidos negados estão incorporados no exterior
Judicialização:
- R$ 1,32 bilhão (Ministério da Saúde)
- 50 medicamentos concentram quase todas as ações
- Doenças genéticas e câncer lideram as ações
Controle de preços (2005 a 2016):
- 103% de inflação (IPCA)
- 77% de correção concedida a medicamentos
- 26 pontos percentuais de defasagem ante o IPCA
Pesquisa clínica:
- 15ª Posição (ranking mundial)
- 110 estudos perdidos em três anos
- 12 meses para análise de pedidos de estudos
Prazo para registro (dias):
- 1.548 para similares
- 1.083 para genéricos
- 597 para sintéticos novos
- 371 para biológicos novos
Registros aprovados:
- 13 Similares
- 84 Genéticos
- 16 Sintéticos novos
- 14 Biológicos novos
O ranking dos medicamentos mais vendidos no Brasil
Referências:
ESTADÃO EMPRESAS MAIS. Farmacêutica: Crescimento de dois dígitos.
FOLHA DE SÃO PAULO. Brasil é líder mundial em tributação de remédio.
RAPOPORT, Izabel Duva. Apesar da crise, indústria farmacêutica aumentou em 20% as contratações e continua crescendo.
SOUTO, Isabella. Farmacêuticas escapam da crise econômica.
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